(252 páginas, Editorial Agartha, AP, 2009, R$ 40,00)
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Vivemos hoje o exato contexto em que este processo cultural áureo deve acontecer uma vez mais. O momento é propício e mesmo, necessário. Mais particularmente, o contexto americano tem no geral algo de muito especial a oferecer neste quadro. Naquilo que nos diz respeito enquanto sul-americanos, cabe a realização da grande síntese iniciática de todo este novo momento mundial de síntese. É isto que justifica, pois, a reabertura das Escolas Iniciáticas no mundo, sobretudo nesta região do planeta na presente oportunidade.
Esta será uma Era muito especial, pois, pela primeira vez, o homem tem plena consciência de muitas realidades superiores, podendo receber ainda mais. A história e a geografia, o cosmos e a natureza, tudo isto vem se tornando parte do acervo natural de conhecimentos do ser humano.
Isto significa que a consciência da raça vem sendo ampliada consideravelmente no decurso destes séculos –o que não implica em nenhuma crítica às antigas concepções.
Pelo contrário, um dia o homem verá –talvez com surpresa– que tudo o que diziam os Antigos era e é verdadeiro, apesar da forma alegórica e fantasiosa como estes mitos foram apresentados.
Tudo isto apenas foi obtido através de uma percepção de síntese da realidade, ou mediante revelações, o que, no sentido mais alto do termo, nada mais significa que o emprego da mesma visão científica dos fatos, porém, num plano mais recôndito da realidade, através do apuramento dos sentidos superiores do ser humano.
Através de seu grande desenvolvimento, o homem moderno vem percorrendo celeremente os limites de sua capacidade perceptiva. Decorre disto que a ciência atual se encontra num estado de impasse, perplexa com tamanhas revelações e as múltiplas possibilidades que se abrem à sua frente, inclusive no sentido de penetrar em outras dimensões e, com isto, fundir-se com novas áreas da atividade humana. Para tanto, porém, torna-se necessário dar um grande salto de paradigmas. E o homem comum não conhece os meios para isto, porque representaria já penetrar nos domínios do Sagrado...
Por esta razão é que os Mistérios ressurgem neste momento, em que o homem necessita depurar e refinar os seus sentidos, de modo a poder evoluir e sair do impasse no qual se encontra e que, inclusive, já representa uma atrofia cultural que vem comprometendo a todas as coisas.
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