MATRIARCADO & NOVA ERA

(364 páginas, Editorial Agartha, A P, 2009, R$ 44,00)

Um novo ciclo de civilização desponta hoje, portanto, no mundo, ainda que neste momento apenas possamos observar as suas dores de parto. Seguindo o movimento do pêndulo da História, esta nova civilização centraliza-se no Ocidente e, por esta razão, apresenta um caráter matriarcal, ou seja, uma cultura pautada basicamente pelas energias femininas e duais.
Cabe porém discernir entre matriarcalismo e feminismo, porque do contrário estaríamos apenas entrando numa outra forma de radicalismo pendular, não sendo isto em absoluto aquilo se procura, mas a chegada de uma nova Idade de Ouro com seus valores próprios e equilibrados, mesmo que sobre uma nova tônica. Outro aspecto é a natureza específica do novo matriarcado. Nisto, podemos adiantar que o matriarcado venusiano-atlante tinha uma dimensão intuitiva, artística e anímica, ao passo que o novo matriarcado joviano, a se desenvolver especialmente nas Américas, terá uma dimensão cósmica, universal e espiritual.
Nisto, inclui perceber que o aspecto exterior do Universo alcança ser dignificado, e que as instituições matriarcais farão amplo uso da forma como veículo da perfeição, não em termos simbólicos, abstratos e mentais como era na sociedade árya patriarcal, e sim mais como na época atlante -porém agora, na verdade, teremos uma síntese porque foi incorporada a estrutura mental árya, e esta conjunção mente-coração já aponta para alguns dos mais nobres propósitos da cultura universal, ensaiados por filosofias como o budismo, e que doravante virão à cena como fundo-de-cultura universal. Com isto, a beleza e a Natureza serão exaltadas, mas acima de tudo uma forma peculiar de Arte que prime pelo sensível e o intuitivo.

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